Hoje estou postando a segunda parte do material que estou lendo, que se chama Superando a Ilusão do Eu, e de forma relacionada a alguns versos do Dhammapada que é o curso que estou participando. Então se quiserem ler do começo é melhor ler as postagens de trás para frente, pois a parte 1, foi postada ontem. Segue:
A forma de aplicar ou direcionar o pensamento, no sistema de meditação
budista, destina-se a promover a purificação das condições que provocam o sofrimento. A meditação Vipassanā é cultivada, no início, por meio da atenção e da investigação com que se observam as idas e vindas da mente e do corpo durante os processos de percepção sensorial, formação do pensamento e subsequentes ações externas do corpo. Isso tudo é observado sem que se fique pessoalmente envolvido, apegado ou identificado – o que é possível. Todo o processo, nas suas várias manifestações, é visto como uma série de fenômenos condicionados impermanentes, fugazes, que não estão sendo controlados por ninguém. Quando se desliga a mente da influência sensorial e se enfraquece, com a sabedoria do insight, a idéia e a sensação de um “eu” separado que experiencia, a mente gradualmente pára de reagir aos estímulos dos sentidos; a sensação de um “eu” separado desaparece e experimenta-se um estado de consciência que discrimina, que abarca tudo, que não tem eu. Essa experiência direta, íntima, da natureza não-influenciada da mente é uma prova intuitiva de que o que consideramos um eu individual que experiencia o mundo é apenas uma noção automática e ilusória. O que existe é apenas atividade
mental e física condicionada, que surge e desaparece de acordo com a lei de causa e efeito, sem alma verdadeira ou entidade governante. Essa atividade é a fonte de algo complexo e misterioso chamado vida, com todos os problemas e dificuldades que ela implica.
Pode-se perguntar agora qual o benefício de atingir essa visão. Ela será o impulso para que comecemos de fato o processo de nos desembaraçar dessa questão toda e iniciemos a eliminação de muitas preocupações, ansiedade, medo, dor auto-infligida e desconforto que experimentamos. O meditador pára de praticar ações desnecessárias que só aumentam o envolvimento com seu corpo e mente e a escravidão a eles.
Isso acontece porque o meditador então compreende que as ações não-saudáveis praticadas no presente perpetuam esse processo. As ações atuais se baseiam naquelas realizadas anteriormente, e as ações futuras serão condicionadas pelos hábitos praticados no presente. Assim, se eliminarmos da vida as ações não-saudáveis, egoístas,
gananciosas e desnecessárias, estaremos preparando o terreno para uma vida mais calma, menos atribulada no futuro. Isso se consegue com a prática do Nobre Caminho Óctuplo, ensinado pelo Desperto para esse fim. Essa tarefa só pode ser cumprida pela pessoa, individualmente. Ninguém pode purificar a mente alheia, como mostra outro verso do Dhammapada:
“Sozinho se faz o mal, sozinho se é corrompido.
Sozinho o mal deixa de ser feito,
Sozinho se é purificado.
Pureza e impureza dependem de cada um,
O outro não pode nos purificar.”
Depende de cada pessoa começar o processo de se desembaraçar e de libertar a mente da escravidão as ações passadas. E o processo são pode ser iniciado e completado com sucesso se tivermos uma atitude adequada e desapegada em relação à mente, ao corpo e ao mundo objetivo.
"O que quer que vocês pensem, assim vai ser, será sempre algo distinto!” Buda. Buddha, Vipassana, Mindfulness, Budhismo, Budismo, Meditação, Insight, Jhanas, Iluminação, Nirvana, Nibbana, Zen, Tibetano, Terra pura, Theravada, Mahayana, Vajrayana, Nimitta, Abhidhama, Darma, Dama, Siddharta Gautama, Shakyamuni, Renascimento, Kamma, Cinco Obstáculos, Nivarana,Três Jóias, Iddhipada, Cinco Faculdades, Indriya, Bhavana, Samatha, Arahant, Renascimento, Conciência, Mente, Concentração, Virtude.
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