segunda-feira, 17 de maio de 2010

Mais do Dhammapada

Hoje estarei postando mais duas partes do Dhammapada, a primeira sobre vigilância e a segunda sobre a mente. Sobre o texto Superando a Ilusão do Eu, estarei continuando em outras postagens.

A Vigilância:

“A vigilância conduz à imortalidade. A falta de vigilância conduz à morte. Quem permanece vigilante não morre. Quem não está vigilante já morreu.

Entendido isso, os sábios se mantém vigilante e se regozijam nisso, desfrutando da terra dos nobres.

Aquele que constantemente medita, se livra de toda amarra e alcança o supremo Nirvana.

Bem-aventurado aquele que se esforça! Bem-aventurado aquele que se mantém vigilante! Bem-aventurado o homem de conduta pura! Bem-aventurado o homem que domina a si mesmo! Bem-aventurado o homem de vida reta! Bem-aventurado o homem capaz de permanecer em constante vigilância!

Através do esforço, da vigilância, da disciplina e da moderação, o homem sábio se transforma numa ilha que não pode ser inundada.

O ignorante não estima a vigilância, mas o sábio a guarda como o melhor de seus tesouros.

Não sejais negligentes, não os abandoneis aos prazeres dos sentidos. O homem vigilante alcança a felicidade.

Quando o monge fortalece sua vigilância, se libera de todo conflito, ascende ao palácio da sabedoria e observa as pessoas que sofrem como um sábio da montanha contemplando os ignorantes que estão lá embaixo.

O sábio avança como um veloz cavalo entre os desastrados pangarés. Vigilante entre os distraídos, desperto entre os adormecidos.

Por permanecer alerta, Indra prevaleceu contra os deuses. Por isso a vigilância é exaltada e a negligência desprezada.

O monge que se mantém vigilante e teme o descuido, avança como o fogo superando todos os obstáculos.”


A Mente:

“O sábio direciona a indomável mente como o arqueiro direciona a flecha.

A mente se sacode como um peixe na areia, por isso deves abandonar o terreno das paixões.

Mesmo que seja de difícil controle, volúvel e ansiosa, é bom dominar a mente, pois seu domínio leva à felicidade.

Mesmo que seja de difícil apreensão, devido à sua sutileza e tendência à fantasia, o sábio domina a mente e com isso atinge a felicidade.

A mente caminha sem rumo, solitária, sem corpo, escondida nas cavernas. Aqueles que conseguem dominá-la livram-se das correntes de Mara.

O homem de mente descontrolada desconhece o ensinamento sublime, e o de confiança temerosa não alcança a plena sabedoria.

Aquele que dominou sua mente e a afastou do ódio, levando-a além do bem e do mal, permanece atento e nada teme.

Compreendendo que seu corpo é frágil como um vaso e fortalecendo sua mente, vencerá a Mara com o aço da sabedoria. Protegerá sua conquista e estará por cima das coisas terrenas.

Não passará muito tempo antes que o corpo, desprovido de consciência, esteja embaixo da terra como um tronco desprovido de valor.

Uma mente mal governada pode causar mais dor que o pior dos inimigos e o mais entranhado dos ódios.

Uma mente bem governada causa mais benefícios que um pai, uma mãe ou um parente amado.”

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