quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tornando-se nada

Tornando-se Nada
Nosso maior medo é que ao morrermos nos tornaremos nada. Muitos acreditam que toda a nossa existência é somente a vida que começa no momento em que nascemos e que termina no momento da nossa morte. Acreditamos que nascemos a partir do nada e que quando morrermos nos tornaremos nada. E por isso ficamos cheios medo da aniquilação.

O Buda tem uma compreensão muito diferente de nossa existência. Para ele, nascimento e morte são noções, não são a realidade. O fato de que pensemos que são realidade produz uma ilusão muito poderosa que faz com que soframos. O Buda ensinou que não existe nem nascimento e nem morte, nem ir e nem vir, nem o mesmo e nem diferente, nem um eu permanente e nem aniquilação. Somos nós que pensamos assim. Ao compreendermos que não podemos ser destruídos, a gente se liberta desse medo e isso é um grande alívio. Passamos a aproveitar melhor a vida e a apreciá-la de uma nova maneira.

ORDEM DO INTERSER (THICH NHAT HANH)

Alguns dos Treinamentos da Ordem do Interser:

Primeiro Treinamento
Consciente do sofrimento causado pelo fanatismo e pela intolerância estou determinado a não idolatrar ou me apegar a doutrinas, teorias ou ideologias, mesmo o budismo.
Os ensinamentos budistas são princípios que me ajudam a aprender como observar profundamente e como desenvolver minha compreensão e minha solidariedade. Eles não são doutrinas pelas quais se deva lutar, matar ou morrer.

Segundo Treinamento
Consciente do sofrimento causado pelo apego a conceitos e percepções errôneas, estou determinado a não possuir uma mente limitada e amarrada às idéias atuais.
Aprenderei e praticarei o desapego a pontos de vista a fim de estar aberto a outras compreensões e experiências. Estou consciente de que o conhecimento que possuo não é imutável e não constitui verdade absoluta. A verdade é encontrada na vida e a observarei tanto no meu interior como ao redor de mim, em cada momento, pronto a aprender através de toda a minha vida.

Terceiro Treinamento
Consciente do sofrimento causado quando imponho meus pontos de vista aos outros, comprometo-me a não forçar ninguém, nem mesmo os meus filhos, por quaisquer que sejam os meios, tais como: autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda ou doutrinação, a adotar os meus pontos de vista.
Respeitarei o direito das pessoas de serem diferentes e de escolherem no que acreditar e os meios pelas quais decidirão. Contudo, ajudarei a renunciarem ao fanatismo e à estreiteza através de um diálogo compassivo.

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